terça-feira, 17 de setembro de 2013

Dom e não obrigação

O pentecostalismo escolheu e rotulou o dom de falar em línguas como sendo o dom supremo. O dom de falar em línguas virou uma obrigação e não sinônimo do que o Criador, em Cristo, faz por todo aquele que crê e se entrega a Ele sem reserva.
Essa obrigação faz com que exista uma separação, ou seja, uma categoria entre os que frequentam um templo: "os batizados com o Espírito Santo" e os "não batizados". Isso é muito perigoso, pois pode acontecer que o "não batizado" se perca.
Precisamos tomar consciência que já temos uma perfeita comunhão com Deus através do Espírito Santo que habita em nós. Não é necessário um dom de línguas como mediador. O que nos habilitou para termos livre acesso a presença do Criador e uma comunicação direta com Ele, foi o sacrifício de Cristo no qual já cremos. 

Ef. 3:12 No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.” , 

“Hb 10:19 Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,”.


Façamos a seguinte pergunta: - Qual seria a finalidade de nós termos que falar em outra língua para nos comunicarmos com o Criador, sendo que para Ele não há divisão de linguagem? Ele entende perfeitamente um brasileiro, como a um grego ou japonês.
A desordem e o descontrole emocional são visíveis nos cultos pentecostais.  Muitos dos lideres religiosos ainda incitam seus membros ao descontrole, onde muitos gritam, pulam e freneticamente demonstram um comportamento que não se enquadra com o que o Criador deseja. Geralmente o falar em línguas do movimento pentecostal é um êxtase, o falante perde o controle e em total descontrole emocional não cumpre a exigência de ordem no Culto. Diante desse fato indiscutível podemos chegar a conclusão de que não estão falando tais línguas pelo Espírito, pois estão claramente fora de controle e em êxtase emocional. Essa conclusão seria possível se partíssemos da premissa de que tais línguas são genuínas, mesmo assim, este movimento não estaria seguindo os princípios que o nosso Criador deixou: Culto Racional.

Nós podemos fazer nossas petições ao Criador em nossa própria língua, e quando não conseguirmos expressar por palavras inteligíveis, nosso silêncio será intercedido pelo Espírito Santo. Não precisamos ficar gemendo, como alguém que está cheio de dores em nossas orações para que o Espírito Santo interceda.
Rm. 8:26 
E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.

Outra instrução das Escrituras é a respeito da consciência do nosso culto ao Criador. 

“Rm. 12:1
 “ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. 

Como então pode o Criador permitir que um dom nos tire da consciência mental e nos leve a praticar algo que nem sabemos o que significa? O próprio Apostolo Paulo repreende essa prática mesmo sendo idiomas as línguas praticadas pelos crentes de Corinto, quanto mais uma suposta língua ininteligível a todos. Como cultuar ou orar ao Criador à parte da mente, sendo que Ele requer que nosso culto seja racional, isso não é pratica saudável e aceitável ao Criador. Mais parece um transe místico das religiões orientais de esvaziamento da mente para alcançar um estado de total alienação.
Se ouve muitos “falando em línguas”, mas nada de serem interpretadas, sendo que a ordem da própria referência utilizada pelos escritores do "credo doutrinário das igrejas" é enfática, “Se não interpreta que se cale” além de exigir ordem, sendo que dois ou três somente devem falar, para que a igreja julgue.

 1Cor. 14: 27-29
 “E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus. E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.” 

As Escrituras nos ensinam que o povo sempre padece por falta de entendimento, precisamos buscar entendimento nas Escrituras para não sermos vitimas dos enganos que nos rodeiam que procuram falsificar o evangelho de Cristo. O Sistema religioso é o maior inimigo do Criador, pois impõe regras de fé e conduta que não nos levam ao entendimento da verdade. Infelizmente o sistema religioso tem sido um grande responsável por isso, pois estão em um circulo vicioso, onde cada vez mais estão envolvidos pelas fábulas e deixando as Escrituras. 

"2Tm 4:1à5
Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,
Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.


Hb. 1:1
 HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,” 

“2Tm 3:16
 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;” 

E toda a profecia necessária para conduzir a igreja (nós) já fora dada. 

“Ap. 1:3 Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.”

Acredito que o comodismo religioso que o sistema religioso incutiu na mente das pessoas, impede que vejam a obscuridade dessa doutrina. Muitos não conhecem as bases de tal doutrina como confissão doutrinária dentro da igreja onde congregam, mesmo que fora de contexto. São poucos que sabem da existência de uma confissão doutrinaria que delimita os parâmetros para a pratica de vida realmente cristã. Se a conhecesse poderiam facilmente perceber sua obscuridade e desvio bíblico. 
Espero que esta breve explanação tenha esclarecido em parte essa confusão, ou pelo menos despertado o interesse de algum em se aprofundar um pouco mais nesta questão. Em poucas palavras não se é possível tratar na sua totalidade sobre o assunto. O objetivo deste estudo é apenas lançar alguns questionamentos para servirem de estopim para que cada um siga nesta compreensão bíblica quanto às línguas praticadas nas Escrituras.

Para entender a Escritura é necessário que se leia sem observar capítulos, versículos ou epígrafes, pois os versículos têm que ser compreendidos dentro do contexto, ou seja, dentro do fato que está sendo narrado no capítulo e não isoladamente porque isoladamente perdem o sentido real e verdadeiro. Pesquise.

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